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3
Fevereiro 2006
Comentário
da Semana "Quanto medem 600Km?"
por José Pedro Calheiros
Não se trata de uma questão lapaliceana com certeza. Vem
a propósito de, no espaço de poucos dias, ter estado nas
duas maiores feiras de turismo da Península Ibérica. Considerando
maiores, nas diferentes nacionalidades, está visto. Na de Lisboa
(BTL) tive uma actividade envolvente de promoção da empresa
que represento, dentro de uma região bem definida e num contexto
de promoção nacional com vista à importantíssima
aposta na captação de visitantes estrangeiros. À
de Madrid (FITUR) fui como turista (isso foi o que os espanhóis
acharam). Na realidade fui como observador. Atrevo-me mesmo a dizer,
como espião. Os 600Km de distância que separam o magnífico
porto atlântico do centro do deserto representam 600.000 anos-luz
do ponto de vista de marketing e de promoção turística.
A Feira de Madrid é internacional e estavam lá praticamente
todos os países. Mas a realidade é outra. A FITUR é
a grande feira de Espanha, tendo 3/4 do seu espaço ocupado com
promoção de Espanha, com dignidade, sem misérias,
sem atropelos. Capta os agentes e investidores estrangeiros mostrando-lhes
"Toda a Espanha", em verdadeiro "Trajo de Luces e Abanico".
Na de Lisboa os espaços são negociados ao metro quadrado
e esbanja-se áreas nobres com sala de reuniões e baias
de golfe que a ninguém agradaram. De resto, temos muitas bancas
onde se aliciam os (poucos) visitantes a saírem daqui para férias
em destinos ensolarados. Ou seja, a fazer sair divisas do país.
Não estará tudo errado e o controlo da BTL não
deveria deixar de ser da comercial "AIP-FIL Comércio de
Feiras" e passar para uma entidade não comercial e de promoção
real do país ??? Ahhhh, já me esquecia. Em Lisboa, a BTL
ocupa 1/4 do seu espaço com as "magníficas"
tasquinhas. Sebosas quanto baste, são bem o espelho do turismo
que temos e até talvez do que merecemos. Sermos os tasqueiros
da Europa. A mim não apetece nada ... (a FITUR tem higiénicas,
práticas e rápidas cafetarias self-service em todos os
10 pavilhões). Não é falta de capacidade da nossa
parte, é apenas a confusão existente entre a desejada
ambição e a tentadora ganância.
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